terça-feira, 16 de junho de 2020

Quarentena: fazendo contas


O prédio onde moro, em Copacabana, tem uma característica interessante: construído na confluência de três ruas (Avenida Atlântica, e ruas Figueiredo de Magalhães e Domingos Ferreira), no centro do grande terreno que abrigava a mansão estilo normando de Eduardo Guinle, é o único da orla totalmente isolado dos demais, com três fachadas externas para as vias citadas e uma para a silenciosa rua interna, emoldurada com grandes jardineiras, que o separa das demais edificações e liga a Atlântica à Domingos Ferreira. 
  


Embora diferentes, as fachadas são harmoniosas e dão originalidade ao prédio, fugindo ao estilo caixotão típico do local, e todos os seus apartamentos são de frente e têm alguma visão do mar, exceto aqueles voltados para a rua Domingos Ferreira.


 
  
A rua interna e o jardim são fechados para o acesso indiscriminado de pessoas mas abertos para a brisa refrescante do mar, e dão acesso a duas portarias com prumadas de dois apartamentos por andar, uma delas a minha. Durante a quarentena tenho aproveitado a privacidade e segurança desse recanto para minhas caminhadas diárias, depois de alguns cálculos básicos...  




Com comprimento correspondente à largura do quarteirão da praia, a área interna mede 105 passos largos de via a via, e é pavimentada com lajotas de 45x45cm que em linha reta somam 105 peças, totalizando 47,25m lineares. Percorrendo 20 vezes essa distância em ida e volta, no melhor estilo hamster descompensado e antes de ficar tonto, tenho caminhado 945m toda manhã, em saudável exercício confinado e ao ar livre ao mesmo tempo. Não é nada, não é nada, não é nada mesmo, mas há quem prefira sentar e contar os grãos de um pacote de feijão. 





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